Educação. Arranca já amanhã a maratona de exames nacionais para mais de 257 mil alunos dos 9.º, 11.º e 12.º ano, mas a afluência às empresas de explicações está longe de abrandar. O mercado tem crescido e os valores praticados variam entre os 30 euros à hora e os 500 euros por 24 horas de explicações
Falta um dia para mais de 257 mil alunos doa 9.º, 11.º e 12.º anos começarem os exames nacionais mas nas empresas de explicações a procura está longe de abrandar. Este ano lectivo em particular, os estudantes - tanto os que aspiram à nota máxima como os que se contentam em passar - parecem apostados em usar todos os trunfos até às provas. E o mercado assegura a oferta, que vai das explicações individuais, em casa, às sessões de revisão em grupo. Os preços variam entre os 30 e os 500 euros.
"Acontece sempre no final das aulas, mas este ano a procura tem sido especial", reconhece Paulo Gonçalves, director do "Ás de Saber", um centro de explicações na zona do Parque das Nações, em Lisboa. "Neste momento, bem mais de 100 alunos continuam a frequentar o nosso centro. "Em anos anteriores, a partir da segunda semana de Junho, tinhamos as salas mais disponíveis. Agora é das 10.00 às 20.00 com lotação máxima a todas as horas".
Paulo Gonçalves sublinha os "níveis de sucesso" que o centro tem registado, mas admite que há outras razões para o aumento da procura: "Creio que com as provas intermédias do Secundário [este ano, à Matemática o Ministério da Educação juntou os testes de Física, Química A, Biologia e Geologia] os alunos estão mais conscientes das próprias dificuldades e o carácter de surpresa que os exames podem ter", diz.
O centro, que só dá apoio nas suas instalações, oferece vários serviços, que vão dos "cursos intensivos" em grupo, com oito a 30 horas de duração e preços entre os 180 e os 250 euros, e as aulas avulsas, por 30 euros. A Matemática e a Física e Química - "áreas nucleares para quem quer entrar em Medicina" - lideram a procura.
Na "Aprender +", uma empresa de explicações com actividade na Grande Lisboa e no Grande Porto, o modelo de apoio é bastante distinto: "Só trabalhamos com explicações individuais, ao domicílio, porque são as mais eficazes", explica Manuel Borges, responsável por um centro que reclama uma taxa de sucesso de 90%, " verificada com relatórios mensais dos explicadores".
Nesta empresa, que abrange estudantes do 1.º ciclo ao superior, estão actualmente a ser acompanhados "cerca de 300 alunos, 200 da área de Lisboa e 100 do Porto". Destes, "perto de um terço" são estudantes do secundário, além de algumas dezenas do 9.º ano, todos à procura de afinar os conhecimentos para as provas. Ciências, Matemática e Português são as mais requisitadas.
Melhores começam mais cedo
"Duas a três semanas antes dos exames, começam a aparecer pedidos adicionais, a que se vai dando resposta", diz o director da "Aprender +". Porém, acrescenta, a estratégia da empresa é mais orientada para o "apoio continuado" do que para o trabalho intensivo nos últimos dias: "Estudos estatísticos mostram que com um apoio de menos de três meses é difícil ter notas de excelência. Para passar dá...". Os apoios da escola, em pacotes de explicações que vão das oito às 24 horas, custam, dependendo do ano de escolaridade, entre cerca de 150 e 477 euros.
Nos últimos anos, segundo um estudo da Universidade de Aveiro divulgado em 2006, as famílias portuguesas têm investido cada vez mais nas explicações gastando cerca de 250 euros mensais. Os responsáveis das duas empresas contactadas pelo DN reconheceram que o negócio continua a crescer, relacionando o fenómeno com o menor tempo livre dos pais para acompanharem os filhos nos estudos e a quebra do "mercado paralelo" das explicações dadas por professores a título particular.
dn
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